Começamos a meio:

Turbulento? A linha é turbulenta e nutre-se de turbulências.
Uma linha que vai dar um passeio livremente é uma linha que deixa de ser reta para se
                                         

   
Primeiro zigue-zague barroco: passagem alta desenha-se ao fundo (sucessão de arcos para podermos atravessar). Do lado oposto encontramos alguém que vai para o mesmo lugar secreto. Inicialmente, entendimento (coincidência), mas aos poucos, surgem as divergências (duas linhas com comportamentos muito diferentes) Uma linha desviada, voltada para si própria, enrolada para lá dos seus limites. Dinamismo perigoso? Convulsão desordenada

salto mortal?
— Vários nortes possíveis

Prosseguimos, fazendo do intervalo o lugar de um novo desdobramento

Uma mão interior à mão conduz:


atraso

                      dissonância,

                                                  novo acordo/acorde

Segmento lançado para o ar (projétil), reaparecemos na outra borda da folha do outro lado (pôr do sol) . Procuramos um caminho, um lugar, ou talvez uma saída (fuga). Reorganizamo-nos segundo novos vetores: a linha redobra-se em espiral para adiar a inflexão (hesitação), novos rodeios e elementos suplementares (zigue-zague barroco de novo) Estamos perto do lugar secreto. Mas a linha está presa por alfinetes! Caixote de lixo à vista, perigo!

Prisão perpétua,

NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO 

Presente perpétuo,

SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM 

Uma linha desprevenida (arrastando-se como uma estrela cadente) mostrou o caminho. Encontrou um animal e ficou ao seu serviço, tornou-se esquilo: estremecer delicado, promessa e esperança de uma leve brisa. Depois da tempestade, um ataque de avestruzes!

raios!

chuva!

barba que pica!

E se a linha encontrar de novo tudo aquilo a que foge, sob pena do feitiço se virar contra o feiticeiro?

(É necessário saber que alinhar neste jogo implica uma iniciação — pressupondo uma metamorfose — e que a resolução das dificuldades da saída do desenho-labirinto significa a obtenção de um desenho filosofal)

Pontos chave no caminho: entrada no labirinto, luta com o Minotauro e saída do labirinto. É a mão que ao avançar constrói o labirinto, é o labirinto que ao ser construído faz surgir o Minotauro

Não há coordenadas fixas

                                 nem dentro nem fora,

                                                         forma e fundo andam à bulha!

A elasticidade do ponto reside na sua ambiguidade,

linha dobrada pato, redobrada coelho

(ir descobrir um coelhinho no desenho número 5 e fazer um intervalo antes do FIM)

૮꒰ ˶• ༝ •˶꒱ა ♡

O desenho é ideal

                                                            para passear

                                     porque   é

por

               excelência