DIDÁTICO OBSCURO
Didático Obscuro é o coletivo formado por Luísa Abreu e Maria Bernardino em 2020, que coloca ideias sobre jogo e intenções lúdicas no centro da prática artística - o jogo como um território circunscrito que se cria entre pessoas, enquanto se procura uma cadência nas jogadas intercaladas. Com recurso aos mais diferentes meios, as didáticas apresentam formas de cruzar o fazer artístico com outros contextos, envolvendo o público como elemento fundamental na ativação das peças, ao mesmo tempo que tentam compreender o sentido de colaboração enquanto dupla.
Em 2021 realizaram uma residência artística com a Thirdbase Studio, em Lisboa, onde trabalharam a partir do contexto específico desta residência - um quarto de hotel - para o qual criaram uma história policial e uma série de objetos artísticos que colocam em jogo o hóspede, o escritor, o mundo da arte, a realidade e a ficção. Nesse mesmo ano integraram a exposição Comunidade, na Plataforma Revólver, e expuseram, na Galeria Exteril, O Gabinete Dourado: um jogo obscuro composto por 40 cartas que lidam com poderes oraculares. A convite do projeto Paralaxe, publicaram em 2022 o jornal Espetacular Fenómeno Luminoso, onde se fazem passar por uma equipa de investigadoras que descobre um estranho fenómeno no céu do Monte da Virgem, em V. N. Gaia. Em 2023 expuseram Vais por aí?, na Galeria Ocupa, e Assim vamos bater de frente., no Campanice. Nestas exposições, que decorreram em simultâneo no Porto, as didáticas procuraram questionar o sentido do seu trabalho a dois, estabelecendo um diálogo entre os dois espaços e jogando com o uncanny de um quem é quem e da sua imagem fundida.
Didático Obscuro é o coletivo formado por Luísa Abreu e Maria Bernardino em 2020, que coloca ideias sobre jogo e intenções lúdicas no centro da prática artística - o jogo como um território circunscrito que se cria entre pessoas, enquanto se procura uma cadência nas jogadas intercaladas. Com recurso aos mais diferentes meios, as didáticas apresentam formas de cruzar o fazer artístico com outros contextos, envolvendo o público como elemento fundamental na ativação das peças, ao mesmo tempo que tentam compreender o sentido de colaboração enquanto dupla.
Em 2021 realizaram uma residência artística com a Thirdbase Studio, em Lisboa, onde trabalharam a partir do contexto específico desta residência - um quarto de hotel - para o qual criaram uma história policial e uma série de objetos artísticos que colocam em jogo o hóspede, o escritor, o mundo da arte, a realidade e a ficção. Nesse mesmo ano integraram a exposição Comunidade, na Plataforma Revólver, e expuseram, na Galeria Exteril, O Gabinete Dourado: um jogo obscuro composto por 40 cartas que lidam com poderes oraculares. A convite do projeto Paralaxe, publicaram em 2022 o jornal Espetacular Fenómeno Luminoso, onde se fazem passar por uma equipa de investigadoras que descobre um estranho fenómeno no céu do Monte da Virgem, em V. N. Gaia. Em 2023 expuseram Vais por aí?, na Galeria Ocupa, e Assim vamos bater de frente., no Campanice. Nestas exposições, que decorreram em simultâneo no Porto, as didáticas procuraram questionar o sentido do seu trabalho a dois, estabelecendo um diálogo entre os dois espaços e jogando com o uncanny de um quem é quem e da sua imagem fundida.
CÍRCULO MÁGICO
2022/2023
APOIO DA FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN, BUREL FACTORY (MANTEIGAS), ARS (FUNDÃO)
E MUSEU DE LANIFÍCIOS (COVILHÃ)
Círculo Mágico surge de uma residência na Burel Factory, em Manteigas, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian. É também o termo utilizado por Johan Huizinga, no seu livro Homo Ludens, para descrever espaços onde as regras do real são suspensas e substituídas pela realidade artificial do mundo do jogo. Nesta residência, as didáticas obscuras trabalharam a partir da lã da Serra da Estrela - maioritariamente com burel - criando um espaço que convida o público a entrar numa atmosfera colorida e divertida que lembra uma espécie de playground, ativando assim as peças e a emoção de jogar.
2022/2023
APOIO DA FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN, BUREL FACTORY (MANTEIGAS), ARS (FUNDÃO)
E MUSEU DE LANIFÍCIOS (COVILHÃ)
Círculo Mágico surge de uma residência na Burel Factory, em Manteigas, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian. É também o termo utilizado por Johan Huizinga, no seu livro Homo Ludens, para descrever espaços onde as regras do real são suspensas e substituídas pela realidade artificial do mundo do jogo. Nesta residência, as didáticas obscuras trabalharam a partir da lã da Serra da Estrela - maioritariamente com burel - criando um espaço que convida o público a entrar numa atmosfera colorida e divertida que lembra uma espécie de playground, ativando assim as peças e a emoção de jogar.










— VAIS POR AÍ?
— ASSIM VAMOS BATER DE FRENTE.
GALERIA OCUPA - CAMPANICE (PORTO)
— Vais por ai? (Campanice, 2023), e — Assim vamos bater de frente. (Galeria Ocupa, 2023) decorreram em simultâneo em dois espaços do Porto. As didáticas procuraram questionar o sentido do seu trabalho a dois, estabelecendo um diálogo entre os dois espaços (onde foram convidadas a expor individualmente) e jogando com o uncanny de um quem é quem e da sua imagem fundida.
— Vais por aí?
— Vou sempre no sentido contrário.
— Ou errado.
— Cruzado, talvez.
— A minha direita voltou a ser a tua esquerda.
— Assim vamos bater de frente.
— Se me voltar para trás, talvez não.
— Se te voltares, eu também volto.
— Voltámos atrás?
— Voltas por ai?
— Vais por aí?
— Vou sempre no sentido contrário.
— Ou errado.
— Cruzado, talvez.
— A minha direita voltou a ser a tua esquerda.
— Assim vamos bater de frente.
— Se me voltar para trás, talvez não.
— Se te voltares, eu também volto.
— Voltámos atrás?
— Voltas por ai?
— Vais por aí?
— Vou sempre no sentido contrário.
— Ou errado.
— Cruzado, talvez.
— A minha direita voltou a ser a tua esquerda.
— Assim vamos bater de frente.
— Se me voltar para trás, talvez não.
— Se te voltares, eu também volto.
— Voltámos atrás?
— Voltas por ai?
— ASSIM VAMOS BATER DE FRENTE.
2023
GALERIA OCUPA - CAMPANICE (PORTO)
— Vais por ai? (Campanice, 2023), e — Assim vamos bater de frente. (Galeria Ocupa, 2023) decorreram em simultâneo em dois espaços do Porto. As didáticas procuraram questionar o sentido do seu trabalho a dois, estabelecendo um diálogo entre os dois espaços (onde foram convidadas a expor individualmente) e jogando com o uncanny de um quem é quem e da sua imagem fundida.
— Vais por aí?
— Vou sempre no sentido contrário.
— Ou errado.
— Cruzado, talvez.
— A minha direita voltou a ser a tua esquerda.
— Assim vamos bater de frente.
— Se me voltar para trás, talvez não.
— Se te voltares, eu também volto.
— Voltámos atrás?
— Voltas por ai?
— Vais por aí?
— Vou sempre no sentido contrário.
— Ou errado.
— Cruzado, talvez.
— A minha direita voltou a ser a tua esquerda.
— Assim vamos bater de frente.
— Se me voltar para trás, talvez não.
— Se te voltares, eu também volto.
— Voltámos atrás?
— Voltas por ai?
— Vais por aí?
— Vou sempre no sentido contrário.
— Ou errado.
— Cruzado, talvez.
— A minha direita voltou a ser a tua esquerda.
— Assim vamos bater de frente.
— Se me voltar para trás, talvez não.
— Se te voltares, eu também volto.
— Voltámos atrás?
— Voltas por ai?





ESPETACULAR FENÓMENO LUMINOSO
2022
OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO
(V.N. GAIA)
PARALAXE
Edição de 100 jornais disponiveis em paralaxe.space
Espetacular Fenómeno Luminoso é um jornal paranormal que testemunha e descreve todas as situações insólitas detetadas a partir do Observatório Astronómico no Monte da Virgem, em V. N. Gaia. Rigorosos testes, entrevistas e ensaios foram levados a cabo no local, equanto se olhava o céu.
O céu é o lugar de onde chegam até nós as estações, a luz, a chuva, as estrelas, as moscas e tudo o que vem de cima e é recebido na terra. Quando paramos para observar o céu no instante entre o dia e a noite, tal significa que no céu do outro hemisfério as estrelas desaparecem ou aparecem todas ao mesmo tempo. O céu é também um lugar obscuro, onde a visibilidade real vai encontrar-se com a miragem, dando-nos a imagem invertida de lugares distantes.
* in Espetacular Fenómeno Luminoso,
Edição Paralaxe, Porto, 2022





Observatório Astronómico, Monte da Virgem V. N. Gaia
O GABINETE DOURADO
2021
O Gabinete Dourado é um jogo obscuro composto por 40 cartas que lidam com poderes oraculares e mágicos. Embora possa ser o dedo estendido que aponta um destino, a sentença dada ao consultante pode gerar mais perguntas que respostas, convertendo-se num lugar didático e obscuro em que o acaso passa a ser tanto feliz coincidência como obra do destino.
O Gabinete Dourado integrou a exposição Comunidade, na Plataforma Revólver (Lisboa, 2021); Extéril (Porto, 2022) e a exposição Pedra, Papel, Tesoura, na Alfaia (Loulé, 2023). Contámos com a ajuda do Carlos Menino para a concretização da mesa de jogo, apoio do Carlos Alexandre Rodigues e acompanhamento e curadoria da Catarina Real. Foi impressa uma edição de 50 baralhos numerados.
2021
O Gabinete Dourado é um jogo obscuro composto por 40 cartas que lidam com poderes oraculares e mágicos. Embora possa ser o dedo estendido que aponta um destino, a sentença dada ao consultante pode gerar mais perguntas que respostas, convertendo-se num lugar didático e obscuro em que o acaso passa a ser tanto feliz coincidência como obra do destino.
O Gabinete Dourado integrou a exposição Comunidade, na Plataforma Revólver (Lisboa, 2021); Extéril (Porto, 2022) e a exposição Pedra, Papel, Tesoura, na Alfaia (Loulé, 2023). Contámos com a ajuda do Carlos Menino para a concretização da mesa de jogo, apoio do Carlos Alexandre Rodigues e acompanhamento e curadoria da Catarina Real. Foi impressa uma edição de 50 baralhos numerados.
Na parede junto à mesa, as instruções dão ordens como “Confirmar a competência deste jogo”, num convite ao visitante “desconfiado” para aceitar a suspeita e trabalhar nesse modo perante a arte – questionar, interrogar, não tomar como certo nada do que se apresenta, é afinal, a modalidade da arte que se vê a si mesma enquanto jogo. Nem mesmo o lance é feito por elementos fixos: as instruções estabelecem que se pode usar moedas, búzios, pedras, ou dados, o que remete para usos mais sérios e pelo menos tão antigos, como as artes divinatórias do I-Ching.
Ana Isabel Soares, Umbigo Magazine
Ana Isabel Soares, Umbigo Magazine








A ÚLTIMA BEBIDA
2021
A Última Bebida é um policial escrito por Didático Obscuro que se apresentou num formato expandido na Thirdbase (Lisboa) em Setembro de 2021, após uma residência de três meses. Para além do manuscrito, encontravam-se ainda outras peças fundamentais no crime, como o robe do hotel, um bartender, a arma do crime e uma carta-oráculo.
Contámos com a participação do Bertrand para a elaboração do cocktail Aqua Tofana. A revisão do texto ficou a cargo do Gonçalo Merlini. Contámos ainda com o apoio da Thirdbase Studio e o acompanhamento do Nicolai Sarbib.
2021
A Última Bebida é um policial escrito por Didático Obscuro que se apresentou num formato expandido na Thirdbase (Lisboa) em Setembro de 2021, após uma residência de três meses. Para além do manuscrito, encontravam-se ainda outras peças fundamentais no crime, como o robe do hotel, um bartender, a arma do crime e uma carta-oráculo.
Contámos com a participação do Bertrand para a elaboração do cocktail Aqua Tofana. A revisão do texto ficou a cargo do Gonçalo Merlini. Contámos ainda com o apoio da Thirdbase Studio e o acompanhamento do Nicolai Sarbib.
Giulia Belladonna está preocupada com o desaparecimento da sua amiga Catarina, uma jovem artista que parece começar a ficar transtornada com um jogo obscuro de adivinhação. Num caso com muitas pontas soltas e poucas pistas que conduzam a uma investigação, Giulia vê-se obrigada a contactar outros artistas e não irá medir meios até conseguir perceber o que se está a passar. No hotel onde está hospedada, o crime serve-se frio.










