Queridas amigas,
Que bom ver que afinal isto, a que vimos repetidamente chamando de arte, artístico, produção, projectos, exposições. carreira [bleck bleck]!!, tem afinal uma meta existência que é a Amizade. Ou a Brincadeira porque, de qualquer forma, talvez sejam sempre uma e a mesma coisa. Indo mais miúdamente à explicação desnecessária: que brincadeira é tecitura da amizade, e que brincar como prática é amizade-duradoura, dos laços mais preciosos que - ao que sei até agora somos capazes de fundar criar florescer conservar nascer abrir escavar plantar luzir latir gritar soltar somar sobre o planeta que pisamos.
Que continuamente venhamos a usar determinadas linguagens para suportar o que é afinal sermos amigas - fora os labores, os empregos e o dinheiro- e não só usá-las, como eternamente brincá-las (apeteceu-me dizer brincadeira-las) juntas, enternece-me de formas e extensões que não sei partilhar a não ser aí, nos tempos em que a excitação se acalma, e vem o abraço ou o cafuné pontuador.
Rato
rombo
roto
lingua pérola
lote imaginário
LOTE?
Ascensão demorada
tudo a cair
ninguém acredita
rato rombo roto
rita, rita, rota,
torta
Enfim, perdoem-me que alguma lamechice impregne as reflexões que também aqui faço, mas é seu tempo.
Antes de mais,
Queridas amigas,
Gosto muito de vocês.
Há tempos em que as palavras repetidas se esgotam. As dessa “arte” há muito se esgotaram nesta língua. E, de qualquer maneira, também quanto ao Círculo Mágico elas perdem as suas regras mais ou menos articuladas e precisam de... precisam de... precisam de brincar.
Florescer em trepadeiras amarelas, rasgar véus de tom arroxeado pálido, lamber nuvens em estreita posição de ortogonalidade quanto a outras nuvens, SEREM FOFAS, poderem desligar da necessidade do formalismo, do adeus e obrigada, do por favor, e afinal serem só assim: vim-me encostar e vou ficar, está bem? Claro, porque perguntas, não estava à espera de outra coisa. Diz a palavra à outra, porque estamos num texto. E afinal as palavras serem: queres vir deixar as palavras de lado comigo?, porque também estamos, afinal, no para além que o texto tem.
No ano lectivo de 1997/1998, e com certificado assinado e burocraticamente válido que o atesta, licenciei-me com distinção e louvor em Brincadeira. Durante algum tempo optei por não exercer e fiz, mais tarde, os estudos do que (nome tão... horroroso!, mesmo com sotaque da Avenida de Roma) se chamam as Artes Plásticas. Um a desequilibrar o outro, perdi dotes de brincadeira inatos, mas ao longo do tempo, das viagens pelos abismos avessos das cores, das matérias e das formas, um ou outro episódio da BabyTv, joelhos esfarrapados só para ver o que existe debaixo da pele e se o osso está lá depois da crosta, aqui estou eu: atleta de brincadeira profissional. Os vossos percursos, e estudos vários, não sei precisar. Que de uma ou outra forma, atingimos a mesma mestria de brincadeira, está correcto afirmar. Permite-nos termos vindo a brincar juntas há já um tempo e com perspectiva de longos campeonatos vencedores.
E quem perde, quando se brinca? Aí está: o maior ponto de coincidência.
Que quem não saiba o que é uma equipa tenha percepções diferentes do que significa amigo e leve mais descontraidamente o que é sério nesta vida - falamos, claro, da brincadeira - temos vindo a escrever a medo. Talvez por alguns contra-exemplos nos levarem a uma incapacidade de verificação generalista. Ora, o que não nega que se diga: que sabermos que a colectividade é mais do que nós, e que brincar começa exactamente no plano, antes de começar no objecto. E que, já para o fim da missiva, também eu vos diga: o Circulo Mágico também é meu. Tossi sem as devidas precauções. Contagiei-vos e vim contagiada de volta, pelo que o Círculo é vosso e o Mágico também meu.
Que o Shen reapareça aos olhos sempre que alguém der, de entre nós, o primeiro passo. Isto é: brincadeira nova, siga.
A Maria está aqui, mas é outra, e lambe mais.
Até já,
Catarina
Que bom ver que afinal isto, a que vimos repetidamente chamando de arte, artístico, produção, projectos, exposições. carreira [bleck bleck]!!, tem afinal uma meta existência que é a Amizade. Ou a Brincadeira porque, de qualquer forma, talvez sejam sempre uma e a mesma coisa. Indo mais miúdamente à explicação desnecessária: que brincadeira é tecitura da amizade, e que brincar como prática é amizade-duradoura, dos laços mais preciosos que - ao que sei até agora somos capazes de fundar criar florescer conservar nascer abrir escavar plantar luzir latir gritar soltar somar sobre o planeta que pisamos.
Que continuamente venhamos a usar determinadas linguagens para suportar o que é afinal sermos amigas - fora os labores, os empregos e o dinheiro- e não só usá-las, como eternamente brincá-las (apeteceu-me dizer brincadeira-las) juntas, enternece-me de formas e extensões que não sei partilhar a não ser aí, nos tempos em que a excitação se acalma, e vem o abraço ou o cafuné pontuador.
Rato
rombo
roto
lingua pérola
lote imaginário
LOTE?
Ascensão demorada
tudo a cair
ninguém acredita
rato rombo roto
rita, rita, rota,
torta
Enfim, perdoem-me que alguma lamechice impregne as reflexões que também aqui faço, mas é seu tempo.
Antes de mais,
Queridas amigas,
Gosto muito de vocês.
Há tempos em que as palavras repetidas se esgotam. As dessa “arte” há muito se esgotaram nesta língua. E, de qualquer maneira, também quanto ao Círculo Mágico elas perdem as suas regras mais ou menos articuladas e precisam de... precisam de... precisam de brincar.
Florescer em trepadeiras amarelas, rasgar véus de tom arroxeado pálido, lamber nuvens em estreita posição de ortogonalidade quanto a outras nuvens, SEREM FOFAS, poderem desligar da necessidade do formalismo, do adeus e obrigada, do por favor, e afinal serem só assim: vim-me encostar e vou ficar, está bem? Claro, porque perguntas, não estava à espera de outra coisa. Diz a palavra à outra, porque estamos num texto. E afinal as palavras serem: queres vir deixar as palavras de lado comigo?, porque também estamos, afinal, no para além que o texto tem.
No ano lectivo de 1997/1998, e com certificado assinado e burocraticamente válido que o atesta, licenciei-me com distinção e louvor em Brincadeira. Durante algum tempo optei por não exercer e fiz, mais tarde, os estudos do que (nome tão... horroroso!, mesmo com sotaque da Avenida de Roma) se chamam as Artes Plásticas. Um a desequilibrar o outro, perdi dotes de brincadeira inatos, mas ao longo do tempo, das viagens pelos abismos avessos das cores, das matérias e das formas, um ou outro episódio da BabyTv, joelhos esfarrapados só para ver o que existe debaixo da pele e se o osso está lá depois da crosta, aqui estou eu: atleta de brincadeira profissional. Os vossos percursos, e estudos vários, não sei precisar. Que de uma ou outra forma, atingimos a mesma mestria de brincadeira, está correcto afirmar. Permite-nos termos vindo a brincar juntas há já um tempo e com perspectiva de longos campeonatos vencedores.
E quem perde, quando se brinca? Aí está: o maior ponto de coincidência.
Que quem não saiba o que é uma equipa tenha percepções diferentes do que significa amigo e leve mais descontraidamente o que é sério nesta vida - falamos, claro, da brincadeira - temos vindo a escrever a medo. Talvez por alguns contra-exemplos nos levarem a uma incapacidade de verificação generalista. Ora, o que não nega que se diga: que sabermos que a colectividade é mais do que nós, e que brincar começa exactamente no plano, antes de começar no objecto. E que, já para o fim da missiva, também eu vos diga: o Circulo Mágico também é meu. Tossi sem as devidas precauções. Contagiei-vos e vim contagiada de volta, pelo que o Círculo é vosso e o Mágico também meu.
Que o Shen reapareça aos olhos sempre que alguém der, de entre nós, o primeiro passo. Isto é: brincadeira nova, siga.
A Maria está aqui, mas é outra, e lambe mais.
Até já,
Catarina